sábado, 18 de dezembro de 2010

Ministra de Direitos Humanos apoia adoção por casal gay

A futura ministra dos Direitos Humanos no governo Dilma Rousseff, a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), disse que irá defender no Ministério a adoção de crianças por parte de casais homossexuais. Segundo o jornal Folha de S.Paulo deste sábado, a ministra defende que a criação de um filho independe da orientação sexual dos pais. A opinião de Maria do Rosário, pedagoga e um dos primeiros nomes a serem anunciados para o novo governo, pode esbarrar na ala evangélica do congresso, de acordo com a publicação.

A deputada federal quer uma política rígida contra a homofobia, classificando as recentes agressões a gays como assuntos de grande urgência para serem resolvidos, e afirmou que criará medidas contra estes crimes de forma imediata, assim que assumir o novo cargo. A pressa de Maria do Rosário é tanta que ela afirma que as leis que criminalizam a homofobia devem ser aprovadas sem nem passar pelo Congresso. Outro ponto controverso defendido pela nova ministra dos Direitos Humanos é a concessão de aposentadoria e benefícios previdenciários a prostitutas.



quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Brasil: sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos


Grupo Tortura Nunca Mais-RJ

Rio de Janeiro, São Paulo e Washington DC, 14 de dezembro de 2010 - A Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH), em uma sentença histórica notificada hoje, determinou a responsabilidade internacional do Brasil pelo desaparecimento forçado de, pelo menos, 70 camponeses e militantes da Guerrilha do Araguaia entre os anos de 1972 a 1974, durante a ditadura militar brasileira. Conforme compromisso assumido internacionalmente, é obrigatório e vinculante o pleno cumprimento desta sentença pelo país.

Esta é a primeira sentença contra o Brasil por crimes cometidos durante a ditadura militar, que permite discutir a herança autoritária do regime ditatorial e contribui para o estabelecimento de uma cultura do "Nunca Mais" no país.

O Centro pela Justiça e o Direito Internacional (CEJIL), o Grupo Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro (GTNM-RJ) e a Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos de São Paulo (CFMDP-SP) atuam, desde 1995, em representação das vítimas e de seus familiares na denúncia internacional perante o sistema interamericano de proteção dos direitos humanos.

Ao longo do processo comprovaram cabalmente a responsabilidade internacional do Brasil pelo desaparecimento forçado das vítimas, pela total impunidade em relação a estes crimes e pela ausência de procedimentos eficazes para o estabelecimento da verdade no país. Assim, solicitaram diversas medidas de reparação, que abrangiam desde o conceito de reparação integral às vítimas e seus familiares, até medidas mais amplas, especialmente no que tange ao direito à verdade e à justiça, em relação à sociedade brasileira como um todo. Os fatos, as violações e as reparações mais destacadas que estabelece a sentença são as seguintes:

A Corte Interamericana determinou que as vítimas do presente caso foram desaparecidas por agentes do Estado. A sentença estabelece que o Brasil violou o direito à justiça, no que e refere à obrigação internacional de investigar, processar e sancionar os responsáveis pelos desaparecimentos forçados em virtude da interpretação prevalecente da Lei de Anistia brasileira, a qual permitiu a total impunidade deste crimes por mais de 30 anos.

A Corte determinou que esta interpretação da Lei de Anistia, reafirmada recentemente pelo Supremo Tribunal Federal, contraria o Direito Internacional. Nas palavras da Corte: "As (aquelas) disposições da Lei de Anistia brasileira que impedem a investigação e sanção de graves violações de direitos humanos são incompatíveis com a Convenção Americana, carecem de efeitos jurídicos e não podem seguir representando um obstáculo para a investigação dos fatos do presente caso (Araguaia)".

Assim, a Corte requereu que o Estado remova todos os obstáculos práticos e jurídicos para a investigação dos crimes, esclarecimento da verdade e responsabilização dos envolvidos. Também, o Tribunal reafirmou o alcance geral de sua decisão exigindo que as disposições da Lei de Anistia, que impedem as investigações penais, não possa representar um obstáculo a respeito de outros casos de graves violações de direitos humanos.

Quanto à ausência de informação oficial a Corte avançou substancialmente os parâmetros exigidos para proteção do direito de acesso à informação, incluindo o princípio da máxima divulgação e a necessidade de justificar qualquer negativa de prestar informação. A Corte também afirmou que é essencial que o Brasil adote as medidas necessárias para adequar sua legislação sobre acesso à informação em conformidade com o estabelecido na Convenção Americana.

Finalmente, no que se refere à negativa do Estado, por mais de três décadas, de garantir o direito à verdade aos familiares dos desaparecidos, a Corte Interamericana determinou que, em virtude do sofrimento causado aos mesmos, o Estado brasileiro é responsável por sua tortura psicológica e, entre outras coisas, determinou como medidas de reparação: a obrigação de investigar os fatos; a obrigação de realizar um ato publico de reconhecimento de sua responsabilidade; o desenvolvimento de iniciativas de busca e a continuidade na localização dos restos mortais dos desaparecidos; a sistematização e; a publicação de toda a informação sobre a Guerrilha do Araguaia e as violações de direitos humanos ocorridas durante o regime militar no Brasil.

Portanto, a sentença da Corte IDH no caso Gomes Lund e outros (Guerrilha do Araguaia) é paradigmática porque permitirá a reconstrução da memória histórica para as gerações futuras, o conhecimento da verdade e, principalmente, a construção, no âmbito da justiça, de novos parâmetros e práticas democráticas.

Segundo Vitória Grabois, familiar e vice-presidente do Grupo Tortura Nunca Mais/ RJ: "A falta de informação por mais de 30 anos causou aos familiares dos guerrilheiros do Araguaia angústia, sofrimento e desconfiança nas instituições brasileiras. A sentença da Corte renova nossa esperança na justiça."

Nas palavras de Beatriz Affonso, diretora do programa do CEJIL para o Brasil: "Esperamos que a administração de Dilma Roussef demonstre que os governos democráticos não podem fechar os olhos aos crimes do passado e que se empenhe em saldar a dívida histórica do país. Já o Poder Judiciário, que é parte do Estado brasileiro, deve cumprir a decisão promovendo a investigação dos crimes cometidos durante a ditadura. Todos os cidadãos brasileiros devem ter certeza de que hoje, na democracia, a lei está ao alcance de todos, inclusive os agentes públicos e privados, civis e militares envolvidos em nome da repressão em crimes contra os cidadãos."

Segundo Criméia Schmidt de Almeida, familiar e Presidente da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos de São Paulo: " Essa sentença pode significar um passo importante na verdadeira redemocratização do país, eliminando os entraves ditatoriais que ainda persistem nas práticas dos agentes públicos. Como familiar espero que possa significar um ponto final a tantas incertezas que há quase 40 anos marcam com angústia a nossa vida"

Neste sentido Viviana Krsticevic, diretora executiva do CEJIL disse: "América Latina tem avançado significativamente na resolução dos crimes contra a humanidade cometidos por governos ditatoriais. O Brasil, no entanto, ainda está em dívida com os familiares e a sociedade no estabelecimento da verdade e da justiça relacionadas a este tema. Esta sentença representa uma oportunidade única para que o Brasil demonstre que é capaz de liderar tanto no âmbito internacional como nacional os temas relacionados aos direitos humanos e democracia. Para isto, o Brasil deve deixar sem efei tos os aspectos da lei de anistia que impedem a justiça frente a crimes contra a humanidade."

A sentença está disponível no website da Corte Interamericana:


Para mais informações:
Centro pela Justiça e o Direito Internacional:
Beatriz Affonso +55 21 2533 1660 ou 7843-7285
Viviana Krsticevic +1 202 319 3000 ou celular: 1-202-651-0706
Millie Legrain +1 202 319 3000
Grupo Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro: +55 21 2286 8762 ou 21 8103-5657
Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos de São Paulo: +55 11 3101-5549



_*_

Postagem relacionada:

ATIVIDADE DE VIVÊNCIA - INSTITUTO HELENA GRECO DE DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA


Corte Interamericana de Direitos Humanos

http://www.corteidh.or.cr/composicion.cfm


sábado, 11 de dezembro de 2010

Conselho Nacional de Combate à Discriminação

 
Sáb, 11 Dez, 10h37
 
Após a série de ataques a homossexuais na Avenida Paulista, o governo federal reformou ontem o Conselho Nacional de Combate à Discriminação (CNCD). Criado em 2001, o órgão ligado diretamente à Secretaria Especial de Direitos Humanos passará a ter a missão de formular políticas para o governo federal que ajudem no combate à discriminação de homossexuais.
O conselho terá 30 integrantes - 15 do próprio governo e outros 15 representantes da sociedade civil - indicados por entidades sem fins lucrativos, incluindo organizações de defesa dos homossexuais, entidades científicas que desenvolvam estudos sobre essa população, entidades de classe e sindicatos que atuem nessa área. Os conselheiros deverão ser indicados em até 90 dias. O CNCD foi uma das sugestões da 1.ª Conferência Nacional de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais, realizada neste ano em Brasília. O CNCD também receberá denúncias. 


Vigilância

Em São Paulo, a Polícia Militar informou ontem que vai ampliar ainda mais o policiamento na área da Paulista. Conforme o jornal O Estado de S. Paulo mostrou na segunda-feira, a região central da capital, que inclui a área da Avenida Paulista, é a que mais concentra ataques homofóbicos, segundo estudo inédito das 316 denúncias recebidas pelo Centro de Combate à Homofobia da Coordenadoria de Diversidade Sexual (Cads) entre julho de 2006 e dezembro do ano passado. Nas 50 situações de violência física relatadas, 20% são em casa, 2% no trabalho e 78% no espaço público. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

DIREITOS HUMANOS - EVENTOS EM BELO HORIZONTE

 

5 SEMANA DOS DIREITOS HUMANOS - IGUAIS NA DIFERENÇA





PROGRAMAÇÃO

 

 

FILMES 

 5ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul

 Cine Humberto Mauro

136 lugares
Av. Afonso Pena, 1537
Centro | 30130-004
(31) 3236-7400

 




PROGRAMAÇÃO EM BELO HORIZONTE

De 13 a 19 de dezembro

ENTRADA FRANCA


13/12 - SEGUNDA-FEIRA

21h – Sessão de Abertura
VIDAS DESLOCADAS - João Marcelo Gomes (Brasil, 13 min, 2009, doc)
PERDÃO, MISTER FIEL - Jorge Oliveira (Brasil, 95 min, 2009, doc)
Classificação indicativa: 14 anos


14/12 - TERÇA-FEIRA


15h
KAMCHATKA - Marcelo Piñeyro (Argentina/ Espanha/ Itália, 103 min, 2002, fic)
Classificação indicativa: livre

17h
A VERDADE SOTERRADA - Miguel Vassy (Uruguai/ Brasil, 56 min, 2009, doc)
ROSITA NÃO SE DESLOCA - Alessandro Acito, Leonardo Valderrama (Colômbia/ Itália, 52 min, 2009, doc)
Classificação indicativa: 12 anos

19h
A BATALHA DO CHILE II – O GOLPE DE ESTADO - Patricio Guzmán (Chile/ Cuba/ Venezuela/ França, 90 min, 1975, doc)
Classificação indicativa: 12 anos

21h
ABUTRES - Pablo Trapero (Argentina/ Chile/ França/ Coréia do Sul, 107 min, 2010, fic)
Classificação indicativa: 16 anos


15/12 – QUARTA-FEIRA


15h – Audiodescrição
AVÓS - Michael Wahrmann (Brasil, 12 min, 2009, fic)
ALOHA - Paula Luana Maia, Nildo Ferreira (Brasil, 15 min, 2010, doc)
CARRETO - Marília Hughes, Claudio Marques (Brasil, 12 min, 2009, fic)
EU NÃO QUERO VOLTAR SOZINHO - Daniel Ribeiro (Brasil, 17 min, 2010, fic)
* Sessão com audiodescrição para público com deficiência visual.
Classificação indicativa: 12 anos

17h
HÉRCULES 56 - Silvio Da-Rin (Brasil, 94 min, 2006, doc)
Classificação indicativa: 12 anos

19h
DIAS DE GREVE – Adirley Queirós (Brasil, 24 min, 2009, doc)
PARAÍSO - Héctor Gálvez (Peru/ Alemanha/ Espanha, 91 min, 2009, fic)
Classificação indicativa: 12 anos

21h
CARNAVAL DOS DEUSES - Tata Amaral (Brasil, 9 min, 2010, fic)
MEU COMPANHEIRO - Juan Darío Almagro (Argentina, 25 min, 2010, doc)
LEITE E FERRO - Claudia Priscilla (Brasil, 72 min, 2010, doc)
Classificação indicativa: 16 anos


16/12 – QUINTA-FEIRA


15h – Audiodescrição
PRA FRENTE BRASIL - Roberto Farias (Brasil, 105 min, 1982, fic)
* Sessão com audiodescrição para público com deficiência visual.
Classificação indicativa: 14 anos

17h
A CASA DOS MORTOS - Debora Diniz (Brasil, 24 min, 2009, doc)
CLAUDIA - Marcel Gonnet Wainmayer (Argentina, 76 min, 2010, doc)
Classificação indicativa: 14 anos

19h
ALOHA - Paula Luana Maia / Nildo Ferreira (Brasil, 15 min, 2010, doc)
AVÓS - Michael Wahrmann (Brasil, 12 min, 2009, fic)
CINEMA DE GUERRILHA - Evaldo Mocarzel (Brasil, 72 min, 2010, doc)
Classificação indicativa: 12 anos

21h
GROELÂNDIA - Rafael Figueiredo (Brasil, 17 min, 2009, fic)
MUNDO ALAS - León Gieco, Fernando Molnar, Sebastián Schindel (Argentina, 89 min, 2009, doc)
Classificação indicativa: 12 anos


17/12 – SEXTA-FEIRA


15h
ENSAIO DE CINEMA - Allan Ribeiro (Brasil, 15 min, 2009, fic)
108 - Renate Costa (Paraguai/ Espanha, 91 min, 2010, doc)
Classificação indicativa: 12 anos

17h
VLADO, 30 ANOS DEPOIS - João Batista de Andrade (Brasil, 85 min, 2005, doc)
Classificação indicativa: 14 anos

19h
A HISTÓRIA OFICIAL - Luis Puenzo (Argentina, 114 min, 1985, fic)
Classificação indicativa: 12 anos

21h
XXY - Lúcia Puenzo (Argentina/ França/ Espanha, 86 min, 2006, fic)
Classificação indicativa: 16 anos

18/12 – SÁBADO


14h
MÃOS DE OUTUBRO - Vitor Souza Lima (Brasil, 20 min, 2009, doc)
JURUNA, O ESPÍRITO DA FLORESTA - Armando Lacerda (Brasil, 86 min, 2009, doc)
Classificação indicativa: 12 anos

16h
HALO - Martín Klein (Uruguai, 4 min, 2009, fic)
ANDRÉS NÃO QUER DORMIR A SESTA - Daniel Bustamante (Argentina, 108 min, 2009, fic)
Classificação indicativa: 12 anos

18h
MARIBEL - Yerko Ravlic (Chile, 18 min, 2009, fic)
O QUARTO DE LEO - Enrique Buchichio (Uruguai/ Argentina, 95 min, 2009, fic)
Classificação indicativa: 14 anos

20h
O FILHO DA NOIVA - Juan José Campanella (Argentina/ Espanha, 124 min, 2001, fic)
Classificação indicativa: livre


19/12 – DOMINGO


14h
DOIS MUNDOS – Thereza Jessouroun (Brasil, 15 min, 2009, doc)
AMÉRICA TEM ALMA - Carlos Azpurua (Bolívia/ Venezuela, 70 min, 2009, doc)
Classificação indicativa: 12 anos

16h
CARRETO - Marília Hughes, Claudio Marques (Brasil, 12 min, 2009, fic)
BAILÃO - Marcelo Caetano (Brasil, 17 min, 2009, doc)
DEFENSA 1464 - David Rubio (Equador/ Argentina, 68 min, 2010, doc)
Classificação indicativa: 12 anos

18h
O ANO EM QUE MEUS PAIS SAÍRAM DE FÉRIAS - Cao Hamburger (Brasil, 110 min, 2006, fic)
Classificação indicativa: 10 anos

20h
EU NÃO QUERO VOLTAR SOZINHO - Daniel Ribeiro (Brasil, 17 min, 2010, fic)
IMAGEM FINAL - Andrés Habegger (Argentina, 94 min, 2008, doc)
Classificação indicativa: 12 anos


* O formato de exibição dos filmes é DVCAM.


sábado, 4 de dezembro de 2010

Diversidade Sexual e Homofobia no Brasil Intolerância e respeito às diferenças sexuais Resultados - Módulo I - Survey Nacional



Dentre os resultados, veja os gráficos abaixo. Para visualizar todos os gráficos, visite o link da pesquisa.












METODOLOGIA

Módulo I - Survey Nacional

Universo: população brasileira urbana adulta (16 anos e mais).
 
Amostragem: probabilística nos primeiros estágios (sorteio dos municípios, dos setores censitários e domicílios), combinada com controle de cotas de sexo e idade (Censo 2000, estimativa 2005, IBGE) para a seleção dos indivíduos (estágio final). A amostra total foi composta por 2.014 entrevistas, dividida em duas sub-amostras espelhadas, de 1.012 (A) e 1.002 (B) entrevistas. 

Dispersão geográfica: 150 municípios (pequenos, médios e grandes), distribuídos nas cinco macro-regiões do país (Sudeste, Nordeste, Sul, Norte e Centro-Oeste). 

Entrevistas: face-a-face, domiciliares, com aplicação de questionários estruturados, somando 92 perguntas (cerca de 250 variáveis). Para evitar tempo médio de entrevista superior a uma hora de duração, parte das perguntas foram distribuídas em duas versões de questionário (A e B), mantendo-se 40 perguntas em comum a ambas. As duas versões foram aplicadas conforme distribuição das respectivas sub-amostras (A e B).

Margens de erro:
até ± 2 pontos percentuais nas perguntas aplicadas ao total da amostra e de até ± 3 p.p. nas perguntas aplicadas apenas nas amostras A ou B, com intervalo de confiança de 95%.
Data do campo: 07 a 22 de junho de 2008.
Iniciativa: Fundação Perseu Abramo (FPA), em parceria com a Fundação Rosa Luxemburgo Stiftung (RLS)..

Responsabilidade técnica:
Gustavo Venturi (professor de Sociologia da FFLCH-USP) e Núcleo de Opinião Pública da FPA, sob a coordenação de Marisol Recamán. Analista, Vilma Bokany; processamento de dados, Rita Dias.
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Módulo II - Lésbicas e Gays


Universo:
pessoas homo e bissexuais adultas (18 anos e mais), residentes nas 9 maiores regiões metropolitanas do Brasil.

Amostragem: intencional, do tipo “bola de neve”, obtida por meio de indicações (‘sementes’) colhidas em amostra de survey nacional com a população de 16 anos e mais (150 municípios de 25 UFs), multiplicadas a partir de indicação de novas pessoas e de pontos de frequencia de homossexuais. Amostra estratificada por controle de cotas de sexo biológico para composição equilibrada entre gays e lésbicas, totalizando 413 entrevistas.

Dispersão geográfica:
18 municípios das seguintes regiões metropolitanas: grandes São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Fortaleza e Belém.

Entrevistas: indicadas e agendadas, realizadas face-a-face, com aplicação de questionários estruturados, somando 71 perguntas (cerca de 200 variáveis). Parte das perguntas foram comuns à amostra do survey nacional, de modo a manter a comparabilidade dos resultados.
Data do campo: 05 a 23 de janeiro de 2009.

Iniciativa: Fundação Perseu Abramo (FPA), em paeceria com a Rosa Luxemburgo Stiftung (RLS).

Responsabilidade técnica: Gustavo Venturi (professor de Sociologia da FFLCH-USP) e Núcleo de Opinião Pública da FPA, sob a coordenação de Marisol Recamán. Analista, Vilma Bokany; processamento de dados, Rita Dias.

Publicado em 08/02/2009. Atualizado (dados do Módulo II) em 03/05/2009

 

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

DRAG QUEEN




Demora toda uma vida para nos tornarmos o melhor que podemos ser
Nós não temos tempo ou direito de julgar uns aos outros
Trata-se de UMA VIDA e não há volta
Uma vida!
Então, tenha certeza de que você gosta do que há no armário.





MULHER PODE SER DRAG?


Penélope, 30, charmosa, drag e mulher... Ela foi a grande vencedora do concurso da primeira Oficina de Montagem promovida na 10ª Feira Cultural LGBT, no Vale do Anhangabau, em São Paulo. "A maioria não sabe que eu sou menina... Na verdade, eu sou diferente também... Há uns sete anos comecei a frequentar boates GLS e estou nesse caminho". 

Christine Jorgensen



Primeira transexual a assumir publicamente uma cirurgia de mudança de sexo. Antes de Christine, outras pessoas já haviam feito a cirurgia, mas nenhuma teve tanta visibilidade como no seu caso.

Sua atitude marcou profundamente uma época pois trouxe à tona a discussão sobre o assunto. Isso foi importante porque retirou a transexualidade do campo do sensacionalismo, humanizando a discussão sobre a sexualidade e a diversidade sexual. Bom, pelo menos nos Estados Unidos e, pelo menos, naquela época.

Para saber mais sobre essa corajosa mulher, postamos aqui uma entrevista feita na década de 60:

Christine Jorgensen on Joe Pyne 1966 or 1967




Veja também o texto (em inglês):

Ou outro link (agora, em português):

Filme sobre a vida de Christine Jorgensen:


Há também um livro publicado sobre ela, mas eu achei somente em inglês:

Capa atual: