segunda-feira, 28 de março de 2011

Criada com apoio petista, a Frente Parlamentar LGBT




A comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) ganha uma nova conquista. A Frente Parlamentar Mista pela Comunidade LGBT será reinstalada em março. O objetivo é ganhar apoio no Parlamento para combater o preconceito, a violência e assegurar direitos estabelecidos na Constituição para todos.
De acordo com o presidente da AGBLT (Asso
ciação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), Toni Reis, 70 parlamentares já fizeram a adesão à Frente Parlamentar. A expectativa é conquistar o apoio de 150 representantes no Senado e na Câmara. “São 22 da Constituição cidadã e nenhuma lei foi aprovada ainda para a comunidade LGBT. É uma das poucas minorias sociológicas que não tem nenhuma lei aprovada. Um dos nossos objetivos é trabalhar em parceria com o parlamento, tanto a Câmara como o Senado. Neste sentido é fundamental que nós tenhamos parlamentares que assumam a agenda nossa”, destaca.

A Frente Parlamentar da cidadania LGBT vai articular a aprovação de leis e a promoção de debates públicos acerca da temática. Entre os objetivos, a aprovação da lei que criminaliza a homofobia e de projetos que possibilitam a união estável e o nome social para transexuais.

O deputado federal Walmir Assunção (PT/BA) já aderiu à causa LGBT. Segundo ele, todos os projetos serão analisados e a partir disso começa um trabalho de conscientização de que todos têm direitos iguais. “Acho que o fundamental é mudança da mentalidade das pessoas. Porque muitas vezes a homofobia acontece em diversos espaços e é preciso que as pessoas possam ter consciência de que qualquer cidadão ou cidadã têm direitos, e as minorias também têm. Esse é um esforço que temos que fazer de mudança da mentalidade das pessoas desde as famílias às instituições”, reforça o deputado.

Com a criação da Frente Parlamentar LGBT, o legislativo brasileiro dá mais uma prova que o país caminha para o fim, ou ao menos, para a diminuição das discriminações de caráter sexual. Para o senador Paulo Paim, presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal, a Frente “visa de forma direta, combater o preconceito quanto a livre orientação sexual e nesse aspecto tenho certeza essa a Frente a de contribuir para que ninguém seja discriminado”. Paim destaca também que o Partido dos Trabalhadores defende a livre opção sexual.

Fonte: http://www.pt.org.br/portalpt/noticias/sociedade-4/congresso-nacional-cria-frente-parlamentar-mista-pela-comunidade-lgbt-45421.html