segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Manifestação LGBT no Centro de Manaus discute homofobia



"A Associação da Parada do Orgulho LGBT no Amazonas, realizou na manhã desta segunda-feira (29), uma manifestação para comemorar o Dia da Visibilidade Lésbica. O manifesto aconteceu na avenida Eduardo Ribeiro com a Sete de Setembro, no centro da cidade de Manaus..."

Veja a reportagem completa no site Notícias Amazonas, por Vilânia Amaral.

Cerca de 100 manifestantes defendem famílias plurais em Madri


Durante visita do Papa Bento XVI à Espanha, aproximadamente 100 pessoas se reuniram neste sábado (20), no centro de Madri (Espanha), para defender as famílias plurais e direitos LGBTs, e contra a chamada família tradicional ‘como defende a hierarquia católica'.

Veja a notícia completa no site G1.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Homossexuais ameaçam boicotar empresas


Os homossexuais pretendem boicotar produtos de empresas que têm se recusado a patrocinar as paradas gays realizadas no Brasil. Foi o que anunciou nesta quarta (24), dirigentes do Grupo Gay da Bahia (GGB), a mais antiga entidade do gênero em atuação no Brasil, diante da dificuldade de arrecadar recursos para a 10ª Parada Gay da Bahia que será realizada em 11 de setembro em Salvador.

O GGB conseguiu apenas patrocínio da prefeitura de Salvador e Governo da Bahia, por meio da Secretaria de Turismo do Estado da Bahia e Bahiatursa. A entidade precisa de R$ 150 mil para realizar a festa. O dinheiro é usado para pagar o aluguel de trios elétricos, bandas e pessoal de apoio.

O GGB pondera que os homossexuais formam um segmento forte de consumidores com alto poder de compra. “Baseados no Relatório Kinsey, os homossexuais representam cerca de 10% da população brasileira. Transformados em números somam quase vinte milhões de consumidores, mais de 300 mil em Salvador, um milhão no Estado da Bahia. Grande maioria dos gays e lésbicas são solteiros, e quando formam uniões estáveisdobram a renda. Pesquisas em sites LGBT mostram que mais da metade dos gays ganham de 8 a 10 salários mínimos e costumam gastar com viagens, bebidas, aparelhos de informática, serviço de telefonia, cultura e roupas de grife”, diz nota distribuída pela entidade, ponderando que, apesar disso, “a comunidade homossexual  ainda está longe de merecer a simpatia de empresas que não dão apoio à luta contra a homofobia”.

Campanha -  Marcelo Cerqueira, presidente do GGB, informou que os homossexuais pretendem começar uma campanha nacional em 2012 para que o segmento “só busque consumir produtos e serviços de empresas que tenha valor social acrescido ao seu produto”, disse, informando que as informações serão difundidas em redes sociais e entre os estabelecimentos frequantados pelos gays como saunas, boates, bares e restaurantes. Luiz Mott, antropólogo fundador do GGB, diz que os “empresários brasileiros são muito preconceituosos e pouco antenados com este mercado cor de rosa, diferentemente do que ocorre em Nova York, São Francisco, Amsterdã, Roma, por isso, estão perdendo um rico nicho de consumidores com alta renda”.

Ele acha que essa “homofobia empresarial” ocorreria de “certa visão estereotipada e preconceituosa de muitos executivos que ainda não se deram conta do potencial econômico destes 10% de brasileiros pertencentes à comunidade LGBT. Isso dificulta que eles abram os olhos para esse imenso mercado consumidor de brasileiros homossexuais. Uma campanha bem feita de boicote a alguma firma homofóbica é pesadelo que nenhum empresário gostaria de enfrentar”, ameaçou.


Fonte: A tarde on line (a notícia original já foi retirada do site, por isso não tem o link aqui).

Novo estudo desmente que bissexuais sejam homossexuais





A investigação levada a cabo pela universidade norte-americana Northwestern conclui que, afinal, existem mesmo homens atraídos sexualmente por homens e mulheres e que os bissexuais não são homossexuais não assumidos... 

Leia mais no site Expresso por Alexandre Costa.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Policiais LGBTs formam rede para lutar contra a homofobia no Brasil

breno gays segurança pública LGBT (Foto: Flavio Moraes)
Breno é gay e atua como agente penitenciário em
Campinas (Foto: Flavio Moraes)


Policiais, agentes penitenciários, vigilantes ou outros profissionais que atuam na área de segurança pública e que assumiram publicamente a orientação sexual, resolveram se unir para lutar contra a homofobia. Para isso, criaram a Rede Nacional de Operadores de Segurança Pública LGBT (Renosp-LGBT), que hoje conta com 50 integrantes...

Veja a reportagem completa no site Gay 1.


segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Novo projeto de lei que agrava crime de homicídio motivado por homofobia chega à Câmara

É de autoria da deputada federal Dalva Figueiredo, do PT do Amapá, o Projeto de lei 582 de 2011 que altera o Código Penal (Decreto-Lei 2.848/40) para incluir como circunstância agravante e como qualificador de homicídio o fato de o criminoso ter cometido o crime em razão da orientação sexual da vítima.

A proposta também altera a Lei 4.898/65, que regula o direito de representação e o processo de responsabilidade administrativa civil e penal nos casos de abuso de autoridade, para estabelecer que constitui abuso de autoridade qualquer atentado à orientação sexual da pessoa.


Segundo a autora, a medida pretende apenas assegurar o cumprimento do artigo 3º da Constituição, que estabelece entre os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”.


“O Estado brasileiro não tem conseguido implementar esses postulados constitucionais quando se refere à observância dos direitos e garantias fundamentais de gays, lésbicas, bissexuais e transexuais em geral”, afirma Dalva Figueiredo. “Precisamos punir de forma mais rigorosa os atentados homofóbicos incompatíveis com o Estado Democrático de Direito e, substancialmente, com a dignidade humana”, completa.


A proposta será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e se aprovada será votada pelo Plenário.


Ementa
Acresce dispositivos ao Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, e à Lei no 4.898, de 9 de dezembro de 1965.


Explicação da Ementa
Institui como circunstância que agrava a pena e qualifica o crime de homicídio a de ter o agente cometido o crime em função da orientação sexual do ofendido. Constitui abuso de autoridade qualquer atentado à livre orientação sexual da pessoa.


segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Homofobia: Um crime constitucional



Emudecer um cidadão através de agressão verbal, física ou psicológica. Impedir um indivíduo de emitir opiniões, exprimir sentimentos ou desenvolver um assunto. Esses atos são crimes contra a liberdade de expressão, tal liberdade nos é garantida pela Constituição Federal, carta magna de um país, que rege direitos e deveres dos cidadãos brasileiros. Esse é um dos crimes, esses dos mais vários tipos, que podem ser cometidos por um homofóbico.

A homofobia é a aversão a homossexuais. Essa fobia é um ato de negar a existência de pais, de filhos, de alunos, de professores, enfim de cidadãos. Essa ação é feita quando desconsideram um ser humano a ponto de agredí-lo, seja moral ou físicamente, proibindo o mesmo de frequentar lugares públicos, ou coagindo-o a ter receio de assumir posturas. Esse ato pode ser implícito quando, por exemplo, o assunto entra em comportamento ou sexualidade e há comentários discriminatórios. E pode ser um ato explícito, quando um homossexual ou é agredido, de qualquer forma e em qualquer sentido.

Nossa sociedade tem diversas formas de homofobia, que negligenciam ajuda e que escondem assassinos, formas que agridem crianças e jovens, que emudecem pessoas, que atacam a auto-estima de indivíduos. Há aqueles que discriminam apenas porque acham que sua sexualidade será afetada de alguma maneira. Machistas que também desconsideram as mulheres e as tratam como objetos com a finalidade de agradá-los sempre. Homens que se julgam corajosos batendo em minorias, empregando forças contra alguém quer apenas viver tranquilamente. Esses mal sabem sobre sua sexualidade e, como nessa realidade social é mais fácil não questionar, às vezes não revêem suas posturas, apenas reproduzem modelos.

E, há o tipo mais perigoso (e mais asqueroso) aqueles que são contra a homossexualidade por fins ideológicos, acreditando que o seu ponto de vista é o correto. Heterossexuais mais fortes! Esse tipo de homofóbico cria grupos organizados, assustam a sociedade com barbáries e atrocidades contra cidadãos, como agressões físicas que vão até as últimas consequências.

E a civilização, que ainda acredita numa moral profundamente religiosa não revê conceitos e ideais. E vai reproduzindo “o certo e o errado” e mantendo uma condição sexual sem atentar que somos indivíduos com diferentes vivências e diferentes. E mantendo uma política patriarca uma idéia de que apenas o pênis tem valor, de que músculos ainda são mais importantes que idéias, de que há padrões e que não devem contrariar as normas. Robôs puramente programados, pessoas sem tato com a diversidade. Etnias que ainda menosprezam outras etnias. Cristãos que não admitem outras formas de manifestação religiosa. 

A homofobia ainda mata, ainda arranca lágrimas de mães que não sabem por que choram ao descobrir que seus filhos são homossexuais, ainda causam medo em pessoas que querem viver suas vidas, da melhor maneira possível. A discriminação aliada à violência já matou muitos (as), já feriu inúmeros e mesmo assim, nossos agentes de segurança pública precisam que alguém morra para que seja feito algo.

A polícia ainda prolifera a idéia de punir marginais e a política ainda finge que isso é melhor que prevenir e manter vidas. São agentes de segurança que ainda esperam um corpo para terem investigações. E esperam laudos, e empilham papéis que ainda ocupam espaço, sem se preocupar com pessoas. Números que aumentam nos índices de violência urbana, sem se atentar que pessoas morrem, que famílias choram e vivem em um silêncio vazio.

As vidas dessas pessoas são mais que números. É cansativo ver indivíduos que vivenciam a violência e se calam e ainda vivem vidas que são “meio” vividas, pelo medo de andar por esquinas vazias, de caminhar e exercer seu direito de ir e vir, de acreditar no que é mais próximo de sua realidade, pessoas que ainda sofrem por morar em casas sem grades e amar pessoas do mesmo sexo. Mas, as mesmas não perdem essencialmente o atributo de serem: pessoas. Pessoas que sofrem pela agressão de alguns, pela omissão de outros e pelo descaso de muitos.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

O Brasil é o país com o maior número de crimes contra gays no mundo.





Este ano 11 homossexuais já foram mortos no estado. Há quatro anos, a Bahia ocupa o primeiro lugar no país em assassinatos de gays e lésbicas.

O Brasil é o país com o maior número de crimes contra gays no mundo. São 200 mortes todo ano. Uma pesquisa identificou o estado com mais casos registrados: a Bahia. Depois vêm Alagoas e São Paulo.



Veja a reportagem completa no site Bom Dia Brasil

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Semana BH sem Homofobia



16/07/2011- Lançamento do Manifesto da 14º Parada do Orgulho LGBT

16/07/2011- O Arco-íris vai à feira
Local: Feira de Comidas Típicas Tom Jobim, 13h
Endereço: Av. Bernardo Monteiro, S/N, esquina com Av. Brasil,  Funcionários – BH/MG
Contato: (31) 3075-5724
17/07/2011- I Feijoada da DiversidadeLocal: Escola de Samba Cidade Jardim, a partir das 12h.
Endereço: Rua Gentios, 1415 c/ a Raja Gabaglia, 2200 – Conjunto Santa Maria
Contato: (31) 3075-5724
18/07/2011- Mostra de Filme – 3 Formas de OlharFilme: Dzi Croqueti
Local: Centro de Cultura de Belo Horizonte, 19h
Endereço: Rua da Bahia , 1149 – Centro – BH/MG
Contato: (31) 3075-5724
19/07/2011- CRP-MG na luta por uma Minas sem homofobiaTema: “Uma conversa franca: conhecendo mais sobre o kit escola sem homofobia”.
Local: Sede do Conselho Regional de Psicologia
Endereço: Rua Timbiras, 1532, 6º andar – Lourdes – BH/MG
Realização: Comissão de Direitos Humanos/CRP-MG e CELLOS-MG
Contato: (31) 2138-6767

20/07/2011- Cerimônia de entrega do VII Prêmio Direitos Humanos e Cidadania LGBT de Belo Horizonte
Local: Museu Histórico Abílio Barreto, 19h.
Endereço: Av. Prudente de Moraes, 202- Cidade Jardim – Belo Horizonte
Contato: (31) 3075-5724
21/07/2011 – Seminário: Decisão do Supremo Tribunal Federal e seus desdobramentos na garantia dos direitos e cidadania LGBTLocal: Assembléia Legislativa de Minas Gerais
Endereço: Rua Rodrigues Caldas, 30 – Santo Agostinho, - BH/MG
Realização: Centro de Referência LGBT de Belo Horizonte, Comissão da Diversidade Sexual da OAB-MG, Ministério Público Estadual.
Contato: (31) 3277-4128
22/07/2011- 9º Seminário Saúde e VisibilidadeLocal: Secretaria Municipal de Políticas Sociais de Belo Horizonte, 14h
Endereço: Av. Espírito Santo, 505, 18º andar – Centro – BH/MG
Realização: Associação Lésbica de Minas Gerais
Contato: (31) 3267-7871
23/07/2011- I Seminário Mineiro de Organizadores de Parada que fazem prevenção as DST/AIDS e Hepatites ViraisLocal: Secretaria Municipal Adjunta de Direitos de Cidadania, 9h
Endereço: Av. Espírito Santo, 505, 12º andar – Centro – BH/MG
Contato: (31) 3075-5724
23/07/2001- Encontro de Voluntários – Tudo Haver EspecialLocal: Secretaria Municipal Adjunta de Direitos de Cidadania, 14h
Endereço: Av. Espírito Santo, 505, 12º andar – Centro – BH/MG
Contato: (31) 3075-5724
23/07/2011- Festa da XIV Parada do Orgulho LGBT de BelôLocal: Gis Club, 22h
Endereço: Av. Barbacena, 133, Barro Preto – BH/MG
Contato: (31) 2515-4121
24/ 07/2011 – XIV Parada do Orgulho LGBT de BHLocal: Praça da Estação – Centro de Belo Horizonte
Horário: a partir das 11h - Ato: Político e Cultural
16h - Saída da Parada
Itinerário: Rua da Bahia, Av. Afonso Pena e finaliza c/ a Rua Prof. Moraes
Realização: CELLOS-MG
Contatos: (31) 3075-5724,
E-mail:
cellosmg@yahoo.com.br,

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Existe homofobia e está bem diante de nossos olhos!

Ok, pessoas, de um tempo sem postar aqui, (ainda não sei se poderei atualizar diariamente) voltarei sempre que tiver tempo e disposição a veicular notícias, debates, vídeos e o que mais disser respeito à nossa luta contra a homofobia e o preconceito contra os LGBT"s.

Essa semana, como tenho ficado mais em casa, tive acesso um material chocante, porém necessário para estudarmos as origens desse preconceito canceroso que é a homofobia na sociedade brasileira. Trata-se de um vídeo sobre um programa da emissora SBT, no qual trata-se de ataques violentos de homofóbicos num evento gay em SP.

VIDEO 1


VIDEO 2
No primeiro vídeo, podemos ver claramente o ódio que os agressores despejam contra os agredidos, e no segundo vídeo, quando eles tentam se justificar perante a pergunta do reporter; do por quê eles não toleram os homossexuais, através de suas falas, nota-se até mesmo o grau de escolaridade dos agressores, e como, descaradamente, usam o nome de Deus para justificar a sua barbárie. Seria muito simplista atribuir todo esse ódio, revolta e intolerância à religião; pelo seu caráter alienante. Sim, a religião tem sua parcela de culpa, porém não podemos deixar de apontar que a educação, e os "valores morais" que esses jovens receberam (se é que receberam algum!) é que, atrelados ao fanatismo religioso e à desinformação, encoraja esses jovens a sair por aí fazendo justiça com as próprias mãos, exterminando todos os viados do planeta.

O que podemos tirar de tudo isso é que: existe homofobia sim! E ela não é mais velada como há pouco tempo! A homofobia é, hoje, o preconceito que o brasileiro parece ter orgulho de exercer e mostrar! Isto é uma vergonha! E enquanto eu estou aqui postando, há uma travesti sendo assassinada, uma lésbica sendo estuprada e um gay sendo espancado, e pasmem! Apenas pelo SIMPLES FATO de serem o que são!
Brasil, onde está a vergonha? Onde está o orgulho em  SER preconceituoso?

PROGRAMA VEICULADO NO DIA 13/04/2011


Gay. Eu sou




Homofobia é crime, não seja cúmplice. Denuncie!

Gay. Eu sou. E não preciso de uma família. Ah, digo... uma família que me abandone por completo apenas porque eu não vou me casar com um ser do sexo que eles queriam para mim. Posso dizer, convicta, que não preciso de um irmão, se ele é capaz de me estuprar porque acha que é errado eu não gostar de pênis. Também não preciso de um pai se ele se acha no direito de me bater por causa da minha orientação sexual. Tampouco preciso de uma mãe, se ela não mede as consequências ao me dizer que preferia que eu fosse uma vagabunda ou que estivesse morta, em vez de ser lésbica. Então, posso dizer, convicta de mim mesma, que também não preciso de amigos, se eles se afastam de mim ao descobrirem que não gozo da mesma preferência sexual deles. Até mesmo não preciso de um deus, a quem diga que sabe de todas as coisas, e que me criou, junto ao universo, mas que rejeita a minha existência por eu ser homossexual. (Mas ele não sabe de todas as coisas?!) Vivo em sociedade e também não preciso de pessoas alheias a julgar o que faço da minha vida, baseado no sexo das pessoas com quem eu me relaciono afetiva-sexualmente. E preciso menos ainda, de religiosos ditando o meu destino, baseado num livro altamente preconceituoso, escrito há mais de 2000 anos, para dizer que estou cometendo pecado e abominação. Quem eles pensam que são para o fazê-lo? Quem está na minha pele sou eu. Quem sente as coisas sou eu. Quem decide se vou beijar uma homem ou mulher sou eu! Sem mais. Não há porque haver tanto preconceito e discriminação. Até mesmo o Jesus dos cristãos (os mesmos de hoje, preconceituosos e fanáticos), JAMAIS condenou um ser humano qualquer que fosse o pecado do mesmo. Então, COM BASE EM QUÊ, E COM QUE DIREITO as pessoas pensam que podem condenar a sexualidade alheia?

Respondam-me.

FONTE:http://www.frentelgbt.com.br/

 

segunda-feira, 4 de julho de 2011

14a Parada LGBT de BH


Belo Horizonte confirmou para o dia 24 de julho a realização de sua 14ª Parada do Orgulho LGBT. A manifestação tem concentração a partir das 11h na Praça da Estação, que fica bem no centro da capital mineira, e neste ano vem com o tema “Chega de mortes e violência. Por um Brasil sem homofobia!”.
A realização é do grupo de defesa da cidadania LGBT Cellos (Centro de Luta Pela Livre Orientação Sexual de Minas Gerais). Mais informações pelo telefone (31) 3075-5724 ou pelo e-mail cellosmg@yahoo.com.br.

PROFISSÃO REPORTER - HOMOSSEXUALIDADE

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Ana Maria Braga - Homossexualidade

PARTE 1




PARTE 2

segunda-feira, 27 de junho de 2011

28 DE JUNHO DIA MUNDIAL DO ORGULHO LGBT

No dia 28 de Junho deste ano é comemorado mais um Dia Mundial do Orgulho LGBT. Uma data histórica para a comunidade LGBT que no mesmo dia, mas 41 anos atrás, reagia pela primeira vez contra a homofobia, o preconceito e a represália das autoridades por conta da orientação sexual.


ONDE TUDO COMEÇOU

No início da manhã de 28 de Junho de 1969, alguns homossexuais em Nova York decidiram reagir à constante perseguição de policiais que diariamente invadiam clubs e casas que funcionavam de forma praticamente clandestina mas eram tradicionais pontos de encontro entre cidadãos LGBT.

O bar Stonewall Inn – mais conhecido por Stonewall – foi o palco deste acontecimento histórico, dando origem à chamada Batalha de Stonewall, considerada a primeira manifestação organizada de cidadãos LGBT contra o preconceito.

Desde 1969 a data é lembrada mundialmente por diversos países que comemoram o Dia Mundial do Orgulho LGBT.

PERSPECTIVAS - Homofobia e Escola

O Perspectivas - Homofobia e Escola mostra que na escola, infelizmente, os preconceitos e os atos de discriminação contra gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transgêneros muitas vezes são naturalizados, tidos como irrelevantes ou encobertos pelo disfarçe da brincadeira. Cotidianamente no âmbito escolar falas, comportamentos, expressões, brincadeiras intolerantes e homofóbicas se proliferam no ambiente escolar e muitas vezes os professores, diretores e orientadores pedagógicos não só se omitem, mas participam ativamente da reprodução dessa violência contra os não heterossexuais. Mostra ainda as divergências entre as várias opiniões da sociedade.

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PERSPECTIVAS - Homofobia e Escola [01|03] from TV Perspectivas on Vimeo.




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PERSPECTIVAS - Homofobia e Escola [02|03] from TV Perspectivas on Vimeo.



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PERSPECTIVAS - Homofobia e Escola [03|03] from TV Perspectivas on Vimeo.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Globo Educação: Diversidade Sexual na Escola - 04/06/2011

O programa discute homofobia, sexualidade, gênero, homossexualidade, transexualidade, preconceito e educação. Participação especial do Projeto Diversidade Sexual na Escola da UFRJ.


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segunda-feira, 6 de junho de 2011

Carta aberta à Presidenta Dilma Vana Rousseff




29/05/2011

mariafro

Querida presidenta Dilma,


No seu governo, ficamos felizes porque vinham se concretizando afirmações feitas na campanha e na posse. No dia 30/03/2011 houve a posse do Conselho Nacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT), que é composto por 15 ministérios e 15 organizações da sociedade civil. Um avanço importantíssimo.

Ficamos mais felizes ainda com sua convocação no dia 18/05/2011, em conjunto com a Ministra Maria do Rosário, da II Conferência Nacional LGBT, a ser realizada nos dias 15 a 18 de dezembro de 2011.

Na semana do Dia Internacional (e Nacional) Contra a Homofobia, fomos recebidos por 12 ministérios de seu Governo, para tratar de questões LGBT.

Também para relembrar, em discurso de posse Vossa Excelência afirmou:

“Quem, como eu e tantos outros da minha geração, lutamos contra o arbítrio e a censura, somos naturalmente amantes da mais plena democracia e da defesa intransigente dos direitos humanos, no nosso País e como bandeira sagrada de todos os povos”

“O Brasil do futuro será exatamente do tamanho daquilo que, juntos, fizermos por ele hoje. Do tamanho da participação de todos e de cada um… de todos aqueles que lutam para superar distintas formas de discriminação

“Essa não será uma tarefa isolada de um governo, mas um compromisso a ser abraçada por toda a sociedade”

“A ação integrada de todos os níveis de governo e a participação da sociedade é o caminho para a redução da violência que constrange a sociedade e as famílias brasileiras“.

No entanto, no dia 25 de maio recebemos a notícia desalentadora que V. Excia. suspendeu - sem ter consultado os Ministérios envolvidos, o próprio Conselho Nacional LGBT, ou outras pessoas diretamente envolvidas com o assunto – um trabalho árduo de pelo menos 537 pessoas de todas as regiões do país, conduzido por instituições de renome: a Pathfinder do Brasil, a ECOS – Comunicação em Sexualidade; a Reprolatina – Soluções Inovadoras em Saúde Sexual e Reprodutiva, e realizado durante 3 anos em parceria com o Governo Federal. O produto desse trabalho, o Kit do Projeto Escola Sem Homofobia, foi avalizado pelo Conselho Federal de Psicologia, UNESCO, UNAIDS, entre outras entidades de renome nacional e internacional.

O material do kit foi analisado pelo Departamento de Justiça, Classificação, Títulos e Qualificação do Ministério da Justiça, que faz a “classificação indicativa”, e que deliberou que o material está apropriado para uso no Ensino Médio.

>No dia 03 de maio, a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (Procuradoria Geral da República) promoveu uma audiência pública intitulada “Avaliação dos programas federais de respeito à diversidade sexual nas escolas”. A avaliação incluiu o kit de material do projeto Escola Sem Homofobia, e concluiu que o mesmo está apropriado para uso no Ensino Médio.

Queremos dizer que não queremos “propaganda” de nossa ORIENTAÇÃO* sexual e nem de nossa identidade de gênero. Nunca pedimos isto. Todo mundo sabe que somos lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais. (grifos do Maria Frô)

Querida presidenta Dilma … esta carta não é chantagem. É uma reivindicação baseada nos compromissos afirmados por seu governo e baseada nas garantias fundamentais da Constituição Federal.

Como cidadãos e cidadãs brasileiros e brasileiras, queremos políticas públicas e legislações para acabar com a vergonha nacional do “HOMOCIDIO” Brasileiro … 3.448 assassinatos, segundo o Grupo Gay da Bahia.

Veja as outras cifras de pesquisas científicas:
60% dos/das LGBT Brasileiros/as já foram discriminados/as
20% dos/das LGBT Brasileiros/as já foram espancados/as
60% dos/das profissionais de educação não sabem lidar com LGBT
87% dos/das brasileiros/as têm preconceito contra LGBT.

40% dos adolescentes masculinos não querem nem saber de estudar com LGBT.

Estas e outras informações sobre discriminação e a violência contra a população LGBT estão disponíveis para consulta em: ABGLT

Ainda, em junho de 2010, foram publicados os resultados de uma pesquisa promovida pelo Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, referente à população gay. Embora o enfoque da pesquisa tenha sido a obtenção de informações sobre a epidemia da aids nesta população, outros dados relevantes também foram revelados, entre os quais destacamos que 51,3% dos entrevistados afirmaram ter sido discriminados no local de trabalho em função de sua orientação sexual.

Presidenta Dilma como mãe e como vovó veja este vídeo da Dona Angélica mãe que perdeu seu filho Alexandre Ivo causado pelo homofobia (No Maria Frô o vídeo foi publicado em janeiro/2011)… triste né? Eu chorei muito.

Todos e todas contra a violência e a discriminação à comunidade LGBT neste pais.

Enfim presidenta Dilma,

“Façamos da interrupção um caminho novo.

Da queda um passo de dança,
do medo uma escada,
do sonho uma ponte, da procura um encontro.” (Fernando Sabino)

Continuamos nosso diálogo.
Sangrando na luta (ainda) não morto.
Tudo que não nos mata nos fortalece (Nietzsche)

Nossa luta se estremeceu mas com isto também nos fortaleceu e percebemos que temos que derrubar muito mais muros e construir muito mais pontes a alem do que já fazemos.

“Mas se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme quem te adora a própria morte
Terra adorada!
Entre outras mil és tu Brasil, ó Pátria amada!” (Hino Nacional)

Parabéns Supremo Tribunal Federal – o principio da igualdade venceu. Orgulho do Brasil
Nós LGBT unidas e unidos sempre com aliados e aliadas contra homofobia individual, social e institucional.

Queremos a aprovação imediata de uma lei que criminalize a homofobia. A base aliada é ampla. A senhora pode nos ajudar muito sim. Com certeza será mais fácil que o código florestal.

Queremos o investimento de recursos em todos os Ministérios para que as 600 propostas da 1ª Conferência acional LGBT saiam do papel e o descontingenciamento já de todas as emendas destinadas as ações de proteção e garantia da cidadania da população LGBT (accountability now).
Queremos que os órgãos do Governo Federal implantem imediatamente as 166 ações do Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos LGBT.

Queremos que haja registro oficial nos Boletins de Ocorrência e Laudos dos IML sobre a violência e discriminação contra a população LGBT. Para ter políticas de combate a este fenômeno, há de ter estatísticas oficiais. Governador Sérgio Cabral pode colaborar muito.

Queremos que seja cumprido o Decreto 109-A, de 17 de janeiro de 1890, que estabelece a Laicidade do Estado, e o respeito a todas as religiões, qualquer seja sua denominação, e o respeito aos ateus e às ateias.

Além do kit Escola Sem Homofobia, queremos um grande kit “Sociedade Sem Homofobia”. Queremos uma Campanha Nacional do Governo Federal contra a Homofobia. Queremos uma campanha contra o bullying e contra toda e qualquer forma de discriminação.


Isto posto, estamos convocando as organizações LGBT afiliadas da ABGLT – assim como as organizações e pessoas parceiras e aliadas – para, juntos e juntas, no mês de junho – em que se comemora o Dia Nacional e Internacional do ORGULHO LGBT, fazermos uma mobilização nacional em todas as capitais e cidades, iniciando em São Paulo com a maior Parada LGBT do mundo, denunciando a situação da discriminação e violência contra a comunidade LGBT brasileira. E com todos os casais homoafetivos registrando suas uniões estáveis, em pé de igualdade com seus pares heterossexuais. Viva os 11 Ministros do STF.

“Hasta la Victória siempre”. Que a “Sierra Maestra” da homofobia seja tomada pelo respeito à diversidade humana neste pais.
Esse pais tem Justiça, que o diga os dez ministros do Supremo Tribunal Federal. A decisão do STF é o exemplo e o norte para o Executivo e o Legislativo. Agradecemos pelo apoio de seu Governo: nos dias 4 e 5 de maio, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União defenderam no Supremo Tribunal Federal o reconhecimento da igualdade de direitos dos casais homoafetivos e a Ministra da Secretaria de Direitos Humanos e membros de sua equipe acompanharam a votação pessoalmente.

Que a



seja cumprida em todos seus artigos, principalmente o artigo 3º: Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação (inclusive para pessoas LGBT).
e o artigo 5º: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza.
Que derrubemos a “Bastilha” do racismo, machismo, patriarcado, obscurantismo, antissemitismo, fundamentalismo, fanatismo, a homofobia e a intolerância religiosa. Que tudo isto vá para o ralo da história.
Estamos abertos ao diálogo e à negociação, sempre.
País rico é um país sem pobreza, e também sem homofobia. Todos e todas contra a miséria social e intelectual.
Fraternalmente
Toni Reis, Professor, Especialista Sexualidade Humana, Mestre em Filosofia, Doutorando em Educação, Conselheiro do Conselho Nacional LGBT, Agraciado pelo Prêmio de Direitos Humanos do Governo Federal em 2010, Presidente da ABGLT – Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (gestão 2010-2012), Secretário do Conselho Diretor da ASICAL – Associação para Saúde Integral e Cidadania na América Latina e Caribe.
*não OPTAMOS por ser LGBT. Quem optaria por sofrer todas estas e outras formas de preconceito, estigma, discriminação e violência?


Fonte:http://mariafro.com.br/wordpress/

terça-feira, 31 de maio de 2011

Os Gays e a Bíblia


(FREI BETO)

É no mínimo surpreendente constatar as pressões sobre o Senado para evitar a lei que criminaliza a homofobia. Sofrem de amnésia os que insistem em segregar, discriminar, satanizar e condenar os casais homoafetivos.
No tempo de Jesus, os segregados eram os pagãos, os doentes, os que exerciam determinadas atividades profissionais, como açougueiros e fiscais de renda. Com todos esses Jesus teve uma atitude inclusiva. Mais tarde, vitimizaram indígenas, negros, hereges e judeus. Hoje, homossexuais, muçulmanos e migrantes pobres (incluídas as “pessoas diferenciadas”…).
Relações entre pessoas do mesmo sexo ainda são ilegais em mais de 80 nações. Em alguns países islâmicos elas são punidas com castigos físicos ou pena de morte (Arábia Saudita, Irã, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Nigéria etc).
No 60º aniversário da Decclaração Universal dos Direitos Humanos, em 2008, 27 países membros da União Europeia assinaram resolução à ONU pela “despenalização universal da homossexualidade”.
A Igreja Católica deu um pequeno passo adiante ao incluir no seu Catecismo a exigência de se evitar qualquer discriminação a homossexuais. No entanto, silenciam as autoridades eclesiásticas quando se trata de se pronunciar contra a homofobia. E, no entanto, se escutou sua discordância à decisão do STF ao aprovar o direito de união civil dos homoafetivos.
Ninguém escolhe ser homo ou heterossexual. A pessoa nasce assim. E, à luz do Evangelho, a Igreja não tem o direito de encarar ninguém como homo ou hétero, e sim como filho de Deus, chamado à comunhão com Ele e com o próximo, destinatário da graça divina.
São alarmantes os índices de agressões e assassinatos de homossexuais no Brasil. A urgência de uma lei contra a homofobia não se justifica apenas pela violência física sofrida por travestis, transexuais, lésbicas etc. Mais grave é a violência simbólica, que instaura procedimento social e fomenta a cultura da satanização.
A Igreja Católica já não condena homossexuais, mas impede que eles manifestem o seu amor por pessoas do mesmo sexo. Ora, todo amor não decorre de Deus? Não diz a Carta de João (I,7) que “quem ama conhece a Deus” (observe que João não diz que quem conhece a Deus ama…).
Por que fingir ignorar que o amor exige união e querer que essa união permaneça à margem da lei? No matrimônio são os noivos os verdadeiros ministros. E não o padre, como muitos imaginam. Pode a teologia negar a essencial sacramentalidade da união de duas pessoas que se amam, ainda que do mesmo sexo?
Ora, direis ouvir a Bíblia! Sim, no contexto patriarcal em que foi escrita seria estranho aprovar o homossexualismo. Mas muitas passagens o subtendem, como o amor entre Davi por Jônatas (I Samuel 18), o centurião romano interessado na cura de seu servo (Lucas 7) e os “eunucos de nascença” (Mateus 19). E a tomar a Bíblia literalmente, teríamos que passar ao fio da espada todos que professam crenças diferentes da nossa e odiar pai e mãe para verdadeiramente seguir a Jesus.
Há que passar da hermenêutica singularizadora para a hermenêutica pluralizadora. Ontem, a Igreja Católica acusava os judeus de assassinos de Jesus; condenava ao limbo crianças mortas sem batismo; considerava legítima a escravidão e censurava o empréstimo a juros. Por que excluir casais homoafetivos de direitos civis e religiosos?
Pecado é aceitar os mecanismos de exclusão e selecionar seres humanos por fatores biológicos, raciais, étnicos ou sexuais. Todos são filhos amados por Deus. Todos têm como vocação essencial amar e ser amados. A lei é feita para a pessoa, insiste Jesus, e não a pessoa para a lei.

É no mínimo surpreendente constatar as pressões sobre o Senado para evitar a lei que criminaliza a homofobia. Sofrem de amnésia os que insistem em segregar, discriminar, satanizar e condenar os casais homoafetivos.
No tempo de Jesus, os segregados eram os pagãos, os doentes, os que exerciam determinadas atividades profissionais, como açougueiros e fiscais de renda. Com todos esses Jesus teve uma atitude inclusiva. Mais tarde, vitimizaram indígenas, negros, hereges e judeus. Hoje, homossexuais, muçulmanos e migrantes pobres (incluídas as “pessoas diferenciadas”…).
Relações entre pessoas do mesmo sexo ainda são ilegais em mais de 80 nações. Em alguns países islâmicos elas são punidas com castigos físicos ou pena de morte (Arábia Saudita, Irã, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Nigéria etc).
No 60º aniversário da Decclaração Universal dos Direitos Humanos, em 2008, 27 países membros da União Europeia assinaram resolução à ONU pela “despenalização universal da homossexualidade”.
A Igreja Católica deu um pequeno passo adiante ao incluir no seu Catecismo a exigência de se evitar qualquer discriminação a homossexuais. No entanto, silenciam as autoridades eclesiásticas quando se trata de se pronunciar contra a homofobia. E, no entanto, se escutou sua discordância à decisão do STF ao aprovar o direito de união civil dos homoafetivos.
Ninguém escolhe ser homo ou heterossexual. A pessoa nasce assim. E, à luz do Evangelho, a Igreja não tem o direito de encarar ninguém como homo ou hétero, e sim como filho de Deus, chamado à comunhão com Ele e com o próximo, destinatário da graça divina.
São alarmantes os índices de agressões e assassinatos de homossexuais no Brasil. A urgência de uma lei contra a homofobia não se justifica apenas pela violência física sofrida por travestis, transexuais, lésbicas etc. Mais grave é a violência simbólica, que instaura procedimento social e fomenta a cultura da satanização.
A Igreja Católica já não condena homossexuais, mas impede que eles manifestem o seu amor por pessoas do mesmo sexo. Ora, todo amor não decorre de Deus? Não diz a Carta de João (I,7) que “quem ama conhece a Deus” (observe que João não diz que quem conhece a Deus ama…).
Por que fingir ignorar que o amor exige união e querer que essa união permaneça à margem da lei? No matrimônio são os noivos os verdadeiros ministros. E não o padre, como muitos imaginam. Pode a teologia negar a essencial sacramentalidade da união de duas pessoas que se amam, ainda que do mesmo sexo?
Ora, direis ouvir a Bíblia! Sim, no contexto patriarcal em que foi escrita seria estranho aprovar o homossexualismo. Mas muitas passagens o subtendem, como o amor entre Davi por Jônatas (I Samuel 18), o centurião romano interessado na cura de seu servo (Lucas 7) e os “eunucos de nascença” (Mateus 19). E a tomar a Bíblia literalmente, teríamos que passar ao fio da espada todos que professam crenças diferentes da nossa e odiar pai e mãe para verdadeiramente seguir a Jesus.
Há que passar da hermenêutica singularizadora para a hermenêutica pluralizadora. Ontem, a Igreja Católica acusava os judeus de assassinos de Jesus; condenava ao limbo crianças mortas sem batismo; considerava legítima a escravidão e censurava o empréstimo a juros. Por que excluir casais homoafetivos de direitos civis e religiosos?
Pecado é aceitar os mecanismos de exclusão e selecionar seres humanos por fatores biológicos, raciais, étnicos ou sexuais. Todos são filhos amados por Deus. Todos têm como vocação essencial amar e ser amados. A lei é feita para a pessoa, insiste Jesus, e não a pessoa para a lei.

segunda-feira, 30 de maio de 2011